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Lucia Maria Gonzales Babosa

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Sinopse

A Semana de Arte Moderna reuniu alguns dos artistas que fizeram história com as idéias renovadoras de seus trabalhos. Mas nem todos os participantes realmente estavam engajados na nova ideologia e seguiram caminhos que os distanciaram do grupo modernista. Hoje, são considerados atores secundários da Semana, mas nem por isso deixaram de ter sua importância naquele momento.Enquanto a pintura de Anita Malfatti presente na exposição, produto da sua melhor fase, é largamente comentada quando se fala da Semana, sabe-se muito pouco sobre Zina Aita, outra pintora que muito agradou na ocasião, inclusive ao público.Tão pouco estudada é a pintura que até mesmo a descoberta da sua certidão de nascimento causa surpresa, pela descoberta de que seu nome era Tereza. De família italiana, Zina Aita nasceu em Belo Horizonte, em 1900. Foi para a Itália em 1914 e, em Florença, estudou com Galileo Chini, de quem herdou o gosto pela arte decorativa. Em 1919, de volta ao Brasil, tomou contato com Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho e Oswald de Andrade. Convencida por estes amigos, participou da Semana de 1922. É a artista mais jovem do grupo, com apenas 22 anos na ocasião.O mais importante registro, na verdade uma prova - já que os catálogos da Semana não são fontes confiáveis pelas inúmeras alterações no programa - de sua passagem por São Paulo na época da Semana, é um retrato tirado na individual que fez na livraria O Livro. Na foto, ela aprece com Anita Malfatti, com quem manteve contato durante toda a vida. Segundo conta Aracy Amaral em Artes Plásticas na Semana de 22 (Edusp), vários modernistas adquiriram obras da artista, como Graça Aranha, Yan de Almeida Prado e Wilhelm Haarberg.Mas Zina Aita, apesar do diferencial de seus trabalhos, não era considerada realmente uma modernista. Pendia realmente para a arte decorativa, com tendência impressionista. Tanto Sérgio Milliet quanto Mário de Andrade destacaram sua qualidade de colorista. O primeiro a vê como moderna na cor, mas realista no desenho.(...) Parece-nos evidente, pelos textos de ambos, um dualismo na arte da jovem Zina Aita, escreve Marta Rossetti Batista, pesquisadora do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), no catálogo da mostra.Mário de Andrade, três anos depois da Semana, indignado com a colocação de Ronald de Carvalho sobre a pintora em seu livro Estudos Brasileiros escreve: Naquela enumeração de artistas modernistas, pôr a Zina Aita em primeiro lugar? Eu sou amigo da Zina, com ela me carteio até agora, admiro o talento dela, mas acho impossível numa enumeração pô-la antes de Anita Malfatti. Além disso (...), a Zina não tem nada de propriamente moderno. O modernismo se distancia de seu trabalho ainda mais quando é obrigada pela família a retornar à Itália. Lá, decide se dedicar à cerâmica, tornando-se conhecida no país por este trabalho, chegando mesmo a receber prêmios. Faleceu em Nápoles, em 1967.Dentre os escultores, como não poderia deixar de ser, ficou para a posteridade o talento de Victor Brecheret (1894-1955), mas outro escultor marcou presença na Semana de 22, Wilhelm Haarberg. Descoberto por Mário de Andrade, acabou por participar da exposição dos modernistas.Nascido na Alemanha em 1891, começou seus estudos com a intenção de lecionar, mas interrompeu seus projetos para combater na Primeira Guerra Mundial. Em fevereiro de 1920, aceita o convite da editora Weiszflog, que mais tarde se uniria à Melhoramentos, para vir ao Brasil, onde monta um ateliê de escultura.Este seu trabalho o torna conhecido na colônia alemã, e acaba sendo convidado para lecionar na Escola Alemã Olinda, atual Colégio Visconde de Porto Seguro. É com uma exposição de alunos que chama a atenção de Mário.Segundo pesquisa de Marta Rossetti Batista, do IEB, mais que procurar um talento novo para o grupo de modernistas, Mário de Andrade via em Haarberg a possibilidade de entender o expressionismo e a cultura alemã, visando contrabalançar seu ‘francesismo’ excessivo. Mas é possível que o relacionamento não tenha se aprofundado, pois talvez Haarberg nunca tenha aprendido o português. Deste interesse de Andrade é que hoje é possível conhecer um pouco de seu trabalho. Ao que parece, no Brasil, somente na sua coleção, guardada hoje pelo IEB, existem trabalhos de Haarberg: uma escultura em madeira, um desenho e também um bilhete. Admirador de seu trabalho, escreve em 1923 que suas obras têm aquela feição de monumen talidade, diretamente arquitetônica, adquirida pela moderna escultura, depois de ter compreendido a lição dos egípcios e dos negros. São os arquivos e textos de Mário de Andrade que permitem reconstituir a passagem de Haarberg por São Paulo, mas o próprio artista, em 1978, deu um depoimento à pesquisadora, entregando inclusive alguns documentos.Desliga-se do modernismo brasileiro definitivamente com o retorno à Alemanha, onde passa a se dedicar sobretudo ao ensino do restauro. A vida artística como escultor passara para um segundo plano. Mas havia guardado por décadas uma crítica que Mário de Andrade fizera sobre seu trabalho, texto que mandara traduzir para o alemão, cujo texto original, em português, se perdeu. Haarberg faleceu em 1986, aos 95 anos. Ferrignac, pseudônimo de Ignácio Ferreira da Costa, tem como importante no modernismo a sua colaboração com o desenho de humor, como ressalta Aracy Amaral, em Artes Plásticas na Semana de 22. Mas acabou por optar por uma outra carreira. Formado em Direito, desde a faculdade colaborava em revistas e jornais, com charges e caricaturas. Em viagem à Europa, chegou a expor em Roma. Dos lugares por que passou nesta viagem, entre 1917 e 1920, enviou desenhos e aquarelas a vários periódicos. Participou da Semana de Arte Moderna com um desenho, Natureza Dadaísta, mas sua especialidade era o traço de humor. Apesar do talento e do traço que realmente tendia para o moderno, afastou-se do desenho. Em 1925, preferiu entrar para a polícia, onde seguiu carreira.Outro dos artistas menos lembrados da Semana é o arquiteto Antônio Garcia Moya, o poeta da pedra, como o chamava Menotti de Picchia. Seus desenhos, sem dúvida alguma inovadores para a época, causaram sensação na Semana de Arte Moderna. Mas eram projetos tão avançados que nunca os colocou em prática. Apesar das construções que imaginava no desenho, como arquiteto bastante requisitado que se transformou, atendia aos desejos dos clientes, ainda apegados à moda da época, o neocolonialismo. Como relata Guilherme Malfatti, sócio de Moya, em depoimento a Aracy Amaral, nenhum de seus projetos da Semana foi construído, pois naquela época tudo era imaginação, o importante era propor algo contrário ao que se fazia. Daí porque Moya fez para a Semana algo que mais se coadunava com o espírito do movimento, embora não correspondesse à realidade. Del Picchia escreve, em 1921, uma crônica dedicada ao arquiteto, a quem chama de Moja, em pronúncia espanhola. Avalia-o como um sonhador magnífico dos blocos hieráticos, dos conjuntos monumentais (...). É assim Moja, grande artista, poeta impenitente de cousas grandiosas.Outro aspecto intrigante em Moya é o seu traço. Um de seus desenhos, de linhas modernas em seu despojamento e síntese, como afirma Aracy Amaral, mostra uma tendência que mais tarde se mostra bastante clara na obra de Brecheret. Não é impossível que Moya tenha influenciado o escultor, visto que tiveram certo contato, sendo que Moya inclusive realizou a maquete do famoso Monumento às Bandeiras. Aparece também como ilustrador da edição original de Paulicéia Desvairada. Moya foi para sempre um arquiteto, mas não se manteve como um sonhador

Ficha Ténica

Editora: Pro Fono

Especialidade: FONOAUDIOLOGIA

ISBN: 9788585491307

Páginas: 0098

Ano: 1998

Edição: 1

Encadernação: Capa comum

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